TJAP recusa dinheiro da repatriação mesmo devendo data-base de seu servidor

O estado do Amapá receberá cerca de 140 milhões da união, por meio do processo repatriação, programa do Governo Federal de regularização de recursos mantidos por brasileiros no exterior.

O recebimento ainda não tem data prevista para chegar aos cofres públicos, mas o atual governo do Amapá informou em mídia local, que o dinheiro será para quitar o 13º da folha estadual, além da criação de fundo para evitar novos atrasos em função de uma possível crise financeira.

Conforme o vice-presidente do Sindicato dos servidores da justiça do estado do Amapá, Eduardo Nunes, os poderes (Executivo Legislativo e Judiciário), devem repartir o recurso como previsto em Lei, no entanto, a presidente do Tribunal de justiça do Amapá, desembargadora, Sueli Pini, quer abrir mão da parte que cabe ao Tjap, conforme argumentos que a presidente do tribunal teria dito na última audiência ocorrida o processo judicial da greve.

“Esse valor ainda tem a possibilidade de dobrar, pois o executivo entrou com ação requisitando o repasse da multa, que seria no mesmo valor do repasse, e ainda assim a presidente abre mão desse recurso, como disse na última em audiência judicial, ocorrida entre o Sinjap e Tjap” afirmou Nunes.

Alô Fantástico!

Cadê o dinheiro que estava aqui? Essa é a pergunta que os servidores da justiça no Amapá fazem quando se reúnem para cobrar da gestão do Tjap os 9,38% das perdas inflacionárias, e somando em 2017, um prejuízo de ¼ do salário do trabalhador.

A categoria que iniciou nesta segunda-feira, 05 mais um ato de greve e se questiona quanto ao valor orçado pelo órgão para destinação do pagamento da data-base do servidor sobre as perdas ocasionadas pela inflação.

Segundo o presidente do Sinjap, Jocinildo Moura, o Tjap tem em seu planejamento anual o valor que deve ser pago em relação à data-base, sobre as perdas inflacionarias da categoria.

“Por que abrir mão de um recurso que nem é seu, é de todos que trabalham no tribunal, Esse é a pergunta que não quer calar – Será que a cobra chocou os ovos da serpente? Onde foi parar o dinheiro destinado em orçamento para pagar a data-base do servidor? São as repostas dessas perguntas que estamos querendo esclarecer à população amapaense” Informou, Moura.

É GREVE

A greve da justiça continua, nesta segunda-feira, 05 até o dia 12 de dezembro, podendo ser prorrogado pela categoria. O Local de concentração desta terça-feira, 06 será em frente ao Fórum Leal de Mira, localizado na rua Manoel Eudóxio.