TCU apura que o Amapá é o estado que mais recebe recursos da União

No território amapaense é onde há a maior mortalidade infantil do país, mas o local em que a população é mais longeva.

Tribunal de Contas da União (TCU) realiza fiscalização no TCE-AP com o objetivo de ter um visão ampla e abrangente da situação geográfica, econômica e social do estado, incluindo os desafios locais para o desenvolvimento, bem como uma síntese do conjunto de ações de controle relevantes do estado.

O secretário de controle externo do TCU, Edilson Guedes, deu entrevista sobre o assunto, nessa quinta-feira, no programa Café com Notícia, apresentado na Diário FM pela jornalista Ilziane Launé. Ele esclareceu que a fiscalização realizada não tem a função de apurar irregularidades, tampouco de apreciar a gestão de agentes públicos.

Edilson Guedes falou que o resultado do trabalho ora realizado será mostrado em evento no Tribunal de Contas do Amapá, dia 28 próximo, às 10h, quando será exposta a realidade amapaense apurada na fiscalização.

O secretário não quis antecipar o que já foi apurado até agora sobre o Amapá, mas disse que o estado é o que mais recebe recursos do governo federal, na região Norte. Ele mostrou que no Brasil, de cada cem reais aplicado em orçamento público, 23,9% são federais. No Norte, o índice é 41,13%, e no Amapá, mais de 50% dos recursos federais liberados.

Edilson Guedes também esclareceu que o serviço do Tribunal de Contas da União já concluiu, preliminarmente, na fiscalização, que há necessidade de mudança na matriz produtora do estado para que a dependência do governo estadual com o governo federal seja reduzida.

A fiscalização também captou que os principais desafios do Amapá, no momento, são a falta de investimentos na BR 156, a demora na abertura da ponte binacional e falta de infra-estrutura básica, o que impede a formação de indústrias.

No aspecto social, o TCU apurou que o Amapá detém o maior índice de mortalidade infantil, mas que, paradoxalmente, é o estado onde a expectativa de vida é uma das maiores.

Fonte: Jornal Diário do Amapá