Os servidores da justiça do estado do Amapá foram impedidos de adentrar a última sessão do pleno do Tribunal de Justiça do Estado, ocorrida nesta quarta-feira, 14 de dezembro, o intuito era acompanhar a pauta de reivindicação da categoria, que cobra a reposição de 9,38% sobre as perdas com a inflação anual.
Na mesma sessão, estava em pauta o aumento de 240% no auxilio alimentação dos magistrados amapaenses, o que provocou insatisfação dos trabalhadores.
Os dados apontam que, dependendo do subsídio, um magistrado que atualmente, recebe R$ 24 mil, receberá de auxilio R$ 2.400, os juízes que recebem 30 mil, receberam de auxílio R$ 3 mil e aqueles que recebem R$ 34 mil receberam R$ 3.400.
De acordo com presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Amapá, Jocinildo Moura, o valor real do auxilio alimentação era de R$ 1 mil para magistrados e servidores.
Presente da mamãe Noel
Apesar dos protestos e pedidos da categoria para entrar ao PLENO ADMINISTRATIVO, a sessão terminou com decisão unilateral, no sentido da reposição de apenas 2%, retroativa a abril de 2016, referente às perdas inflacionárias, e acréscimo de R$ 200,00 no vale alimentação dos trabalhadores. Os valores deveram ser pagos a partir de dezembro do ano vigente.
A Greve continua
Ainda Segundo o presidente do Sindicato Jocinildo Moura, a categoria não aceita a decisão e greve deverá continuar até a próxima terça-feira, 19 de dezembro.
Nesta quinta-feira, 15 a categoria se reúne em frente ao anexo do fórum Leal de Mira, a partir das 8h.
As perdas inflacionárias em 2015 chegaram a atingir 2,13%. Em 2016, resultam em 9,39%, se projetadas. Em 2017 deverão ultrapassar a média de 20% de prejuízo, com perda total de quase 1/4 do salário do servidor da Justiça.
Após o termino da sessão, trabalhadores acamparam nos corredores do Tjap com cartazes e nariz de palhaços para mostrar sua insatisfação com o resultado da sessão.