A partir desta quarta, 6 de abril, os servidores do Poder Judiciário do estado do Rio de Janeiro entrarão em GREVE, juntamente com os servidores da Educação, Saúde, Detran, Inea, Vigilância Sanitária, Degase e outras categorias do estado.
Sabemos que a greve traz transtornos para todos. Por este motivo, nunca é a primeira opção dos servidores. Buscamos o diálogo como forma de resolução dos problemas da categoria. No entanto, no quadro atual, não vemos outra saída senão nos valermos do instrumento constitucional da greve, tendo em vista as sucessivas tentativas de negociação com o governo, que restaram frustradas.
Desde setembro de 2014 não recebemos nenhum reajuste, amargando 17 meses sem qualquer reposição inflacionária num quadro de inflação de 10% ao ano.
Além disso, o governo pretende congelar por mais 2 (dois) anos os nossos salários, aumentar a contribuição previdenciária dos servidores, proibir a convocação de novos servidores, além de reduzir o orçamento da Justiça e extinguir o Fundo com o qual o Judiciário mantém o custeio do Tribunal e o investimento na melhoria da prestação da tutela jurisdicional à população.
O governo alega não ter dinheiro, mas concedeu 138 bilhões em isenções fiscais e gastou mais de 10 bilhões com Olimpíadas. Então, não vamos pagar a conta de uma crise provocada pela má gestão do governo.
Comunicamos pessoalmente ao Presidente do Tribunal de Justiça o início da greve e nos comprometemos a manter em funcionamento 30% do efetivo para o cumprimento de medidas urgentes, como manda a lei. E vamos nos manter paralisados até que o governo sinalize o pagamento do reajuste que nos é devido desde setembro de 2015 e assuma o compromisso de não colocar em votação o projeto de maldades contra o servidor.
Fonte: http://www.fenajud.org.br/subpage.php?id=5302_rj-servidores-iniciaram-greve-e-publica-nota-para-a-popula-o