Os servidores da justiça, no Amapá, fizeram ‘buzinaço’ em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Amapá, o protesto ocorreu na tarde desta segunda-feira, 28, com o objetivo de reaver 9,38% de perdas inflacionárias.
Os trabalhadores aguardavam, mais uma vez, ansiosos pela resposta da audiência judicial, entre a presidente do Tjap, a desembargadora, Sueli Pini, e os representantes do Sindicato dos servidores da justiça do Amapá (Sinjap).
Segundo o presidente do Sinjap, Jocinildo Moura, a gestora do Tjap, Sueli Pini, abandonou a conciliação judicial, já que, não havia ainda, nenhuma decisão do conselho gestor, composto pelos poderes executivo, legislativo e judiciário.
Após a frustração os manifestantes adentraram simbolicamente as dependências do Tribunal de Justiça para cobrar respeito, celeridade e independência, por parte do Tjap nas negociações.
“É um absurdo e cruel o que a presidenta tem feito com os servidores, estamos a 4 meses nessa luta, e quando, ela resolve sentar a mesa é para dizer que ainda espera mais uma decisão do tal conselho gestor, ora onde está a independência dos poderes?”, disse Moura.
A decisão dos servidores, na última assembleia, realizada na manhã de segunda-feira, 28, que antecedeu o ‘buzinaço’, foi que, caso não houvesse negociação a categoria voltaria ao ato de paralisação.
A Luta continua:
A paralisação dos trabalhadores da justiça do Amapá ocorrerá, na quinta, 01 e na sexta, 02 de novembro de 2016, retificando ainda que a greve reinicia na próxima segunda-feira, 05 de dezembro de 2016.
De acordo com a servidora do tribunal, Anne Silva, a presidente do Tjap não concilia com a categoria, dificultando as negociações ao prolongar a quantidade de audiências ao invés de tomar uma decisão.
“Como já esperávamos infelizmente a presidenta do tribunal, Sueli Pini, não quer conciliar com os trabalhadores, sabemos que ela quer enrolar a categoria, usando como desculpa uma futura decisão do conselho gestor, por isso, vamos continuar no movimento e pedindo aos colegas para paralisarem suas atividades”, afirmou à servidora.
Casa de ferreiro, espeto de pau:
O servidor Marcus Webster lembrou sobre o processo histórico do Tjap e os prêmios que o órgão ganhou, trazendo orgulho aos trabalhadores, a gestão e ao estado como um todo.
Segundo ele, o Tjap tem 25 anos de história, e já ganhou diversos selos e premiações, inclusive do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pela celeridade dos serviços executados pelos trabalhadores.
Entre as propostas sugeridas pelos servidores, está à diminuição dos índices medidos pelo Tucujômetro, essa ferramenta mede o andamento dos processos da justiça amapaense.
“Teremos que usar como medida mais enérgica, a diminuição dos índices do tucujurômetro, paralisando os serviços para que, a presidenta veja que não estamos aqui de brincadeira”, sugeriu o servidor do tribunal de justiça do Amapá, Marcus Webster.
Atenção:
O Sinjap sugere aos servidores que paralisem os serviços, nos dias 01 e 02, quinta e sexta, de 9h as 12h em todas as comarcas, fóruns e no próprio tribunal de justiça do Amapá, garantido apenas os 30? do efetivo, para atender a legalidade do ato.