O Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) lançou na manhã de sexta-feira, 27 o Programa de Valorização de Pessoas da Justiça, com todo requinte que a mídia local pode cobrir, enquanto os trabalhadores da casa comemoravam o dia do servidor público fazendo reivindicação em frente ao fórum Leal de Mira, no centro da capital.
A principal reivindicação é referente à Data-base da categoria, que em 2016 chega a 9.38% de perdas inflacionarias, ou seja, e se projetadas, em 2017 chegara a ¼ de salario no bolso do servidor.
Segundo o presidente da categoria, Jocinildo Moura, a DATA-BASE do judiciário é revisada no mês de abril, no entanto, por dois anos consecutivos a presidência do Tjap adia o reajuste aos trabalhadores.
“A presidenta fala que não tem dinheiro, mas festa com dinheiro de quem mesmo? Na minha casa quando as coisas apertam a gente corta o dinheiro dos passeios, das festas, enquanto a presidenta do Tjap destina 700 mil reais para comunicação divulgar seus luxos” indagou o presidente do sindicato, Jocinildo Moura.
Ainda de acordo com Moura em 2015 o tribunal de justiça do estado do Amapá obteve um saldo de balanço 10 milhões de reais e deixa um questionamento no ar, qual será o saldo de balanço que o Tribunal de Justiça do Amapá deixará em 2016?
Conciliação
A diretoria do Sinjap solicitou audiência de conciliação por meio do processo 00021599620168030000, com a atual gestão do Tjap, representada pela presidente, desembargadora, Sueli Pini.
O termo de audiência foi autorizado pelo desembargador Carlos Tork, e está marcada para a próxima terça-feira, 8 de novembro entre o poder executivo estadual, tribunal de justiça do Amapá e Sinjap.
Paralisação X Greve
O Sindicato dos servidores da justiça do estado do Amapá (Sinjap) informa à categoria que a assembleia realizada na quinta-feira, 27 manteve a paralisação da última sexta-feira do mês de outubro, e o movimento grevista para o dia 9 do mesmo mês, caso não ocorra avanço na pauta de reivindicação, referente à DATA-BASE dos trabalhadores da justiça amapaense.
De acordo com o presidente da categoria a assembleia decidiu pela manutenção da greve, marcada para o dia nove de novembro, caso não haja progresso entre a mesa e os sindicalistas.
“Vamos tentar chegar a um acordo com a atual gestão do Tjap, nossa intenção não é prejudicar os serviços, muito menos a população, mas sim, reaver as perdas referentes à nossa data-base que já chega a 9.38%” no corrente ano, afirmou Moura.