Nesta segunda-feira (25), o Sindicato dos Serventuários da Justiça do Estado do Amapá (Sinjap) realizou um “panelaço” em frente ao Tribunal de Justiça (Tjap) contra a decisão que determinou a suspensão da greve dos servidores, considerada ilegal. O tribunal alega que o sindicato não manteve o percentual de 30% de funcionários nos postos de trabalho, conforme determina a lei. A paralisação durou dois dias.
Com panelas vazias e um carro de som, os manifestantes fecharam parte da Rua General Rondon, no Centro de Macapá, reivindicando também o reajuste salarial superior a 4% oferecido pela presidência do Tjap. Além disso, os servidores pedem revisão no plano de cargos, carreira e salários, melhores condições de trabalho e outros benefícios.
De acordo com o sindicato, cerca de 60% dos trabalhadores do judiciário aderiram à paralisação das atividades. Para o diretor do Sinjap, Job Miranda, a decisão da Justiça é “uma afronta a um direito constitucional”. Ele informa que na quarta-feira (27) uma assembleia será realizada para decidir se haverá uma nova greve.
“O Tjap demonstra que está contra o servidor, pois se recusa a nos conceder um direito. Por isso vamos nos reunir em assembleia para decidir uma nova greve, que provavelmente será deliberada no dia 1º de junho, desta vez cumprindo todos os requisitos que eles alegam que não estávamos fazendo”, explicou.
A presidente do Tjap, desembargadora Sueli Pini, ressalta que as negociações com o sindicato estão abertas e que um estudo interno está sendo realizado para que novos ajustes salariais sejam feitos para o servidores a partir do segundo semestre de 2015.
“A porta de negociação está aberta com o sindicato, mas preciso que eles tenham uma atitude mais responsável e compreendam nossas negativas. Atualmente não há recursos para atender a todas as demandas, mas estamos fazendo um estudo para que de julho em diante, seja possível ajustar com os servidores”, reforçou.
Greve ilegal
A decisão do juiz Luciano Assis determinou a suspensão do movimento em todo o estado. De acordo com ele, a paralisação só poderia ocorrer se o Tjap não tivesse tentado negociar com o sindicato. A decisão ainda cabe recurso no prazo de 15 dias após a notificação.
Fonte: G1