A presidente da entidade, Anne Marques, participou de agenda intensa em Brasília, com foco na derrubada da PEC 32/2020 que dá fim aos serviços públicos. Dirigente chama atenção para dificuldade em dialogar com a bancada do Amapá, onde a maioria não se fez presente em Brasília durante a semana.
Com o objetivo de convencer parlamentares indecisos e os que ainda não se posicionaram contrários à PEC 32, a presidente do Sinjap (Sindicato dos Serventuários da Justiça do Estado do Amapá) e Coordenadora de Formação Sindical da Fenajud, Anne Marques, esteve em Brasília em uma grande força-tarefa. De segunda (04) a sexta (08), a dirigente percorreu todos os anexos da Câmara, buscou todas as lideranças e partidos políticos para entrega de memorial da Federação, com objetivo de alertar sobre os prejuízos da proposta. A dirigente também bateu à porta de todos os deputados e deputadas da bancada do Amapá para dialogar sobre a ‘reforma’ administrativa.
Anne esteve acompanhada de outras entidades filiadas à Fenajud, como Sindjustiça-CE, Sintaj-BA e Serjusmig. Além dos sindicatos da Justiça Estadual, a diretora se encontrou em algumas oportunidades com a diretora do Sindicato do Ministério Público da União da Seccional Amapá (SindMPU/AP), Rejane Lopes.
Antes dessa atuação no parlamento, a dirigente esteve combativa no Aeroporto Internacional de Brasília, onde participou de Ato na recepção dos Deputados e Deputadas, junto de outras entidades, de diferentes segmentos. Durante protesto na capital, a dirigente expôs aos parlamentares e aos transeuntes como a PEC 32 é ameaçadora para a sociedade.
Reunião com deputados/as
Anne esteve em importante reunião com a Deputada Federal, Aline Gurgel, que disse não ter opinião formada a respeito do tema. A Deputada é coordenadora da bancada do Amapá e ouviu atentamente tudo que foi exposto no âmbito da PEC 32. A parlamentar apontou que está ouvindo os envolvidos, principalmente os servidores, para definição de seu posicionamento, sem deixar de considerar a posição do seu partido. As representantes sindicais pediram que, assim como a deputada manifestou-se contra a Reforma da Previdência, que também vote contra à PEC 32, por ser ainda mais avassaladora que a anterior. A Coordenadora da Fenajud solicitou, ainda, à parlamentar o agendamento de reunião com toda bancada federal do Amapá com a intenção de sensibilizá-los a votarem contra a PEC da destruição do serviço público brasileiro.
Anne Marques também participou de live com o deputado Camilo Capiberibe. “Ocorre que esta “reforma” aumenta a desigualdade no serviço público, não combate privilégios e não pega a elite do serviço público, como parlamentares, magistrados, procuradores e militares, por exemplo. Pelo contrário, ataca os servidores públicos que prestam o serviço direto ao cidadão e os que mais estão se dedicando ao Brasil nesse momento da pandemia”, disse o deputado.
Anne também esteve no gabinete da Deputada Leda Sadala, para tratar também da PEC 32/2020. Nesta agenda, Anne esteve acompanhada de outros funcionários públicos do poder judiciário e também do Ministério Público. Para a deputada, que é totalmente contrária à proposta, “Essa é uma pauta muito importante, pois coloca em risco a educação pública e todos os serviços prestados à população brasileira e por isso, precisamos barrar a PEC 32”.
A presidente do sindicato chama atenção para a falta de diálogo com os deputados e deputadas da bancada do Amapá, na Câmara Federal. A dirigente ressalta que, esteve em todos os 8 gabinetes da bancada do Amapá. “Só conseguimos contato com quatro deputados e deputadas. Não tem telefone para contato, chefe de gabinete, ninguém para nos atender, para ouvir os anseios da população, dos eleitores desses parlamentares. É um momento importante em nossa história e ouvir o que a sociedade pensa e quer é fundamental. Não é isso que temos encontrado em Brasília”, disse Anne.
Mobilização continua
O Sinjap orienta pela continuidade da pressão nas bases e redes sociais dos deputados federais considerados “indecisos” durante toda esta semana, e vai promover mobilização no Amapá, em conjunto com articulação dos servidores federais, estaduais e municipais.