Sinjap e Fenajud lançam campanha em defesa do serviço público em parceria com entidades

Dirigentes apresentaram dados inéditos, entre eles o de que menos 9 milhões de casos deixariam de ser solucionados no Poder Judiciário se a PEC 186 entrar em vigor já em 2021. 

Na manhã desta quinta-feira (05) a Fenajud e mais 25 entidades, que representam mais de 400 mil servidores e servidoras, lançaram oficialmente a campanha nacional unificada em defesa do serviço público por meio do “Movimento a Serviço do Brasil”. Durante lançamento, as quatro entidades representadas por Sandra Silvestrini (Fenajud), Isaac Lima (Fenajufe), Alberto Ledur (Fenamp) e Cloves Silva (Fenafisco) apresentaram dados inéditos de como o país poderá sofrer com prejuízos irreparáveis caso a proposta seja aprovada no Congresso Nacional.

Os debatedores levantaram temas como a conscientização da população quanto aos prejuízos a serem gerados no serviço público, bem como os prejuízos aos cidadãos. Além disso, os representantes trataram sobre a importância do serviço público em momentos de crise, a independência do servidor público e as mudanças que podem fragilizar a democracia.

Durante a apresentação dos dados, os dirigentes apontaram que se houver a redução de 25% na jornada de trabalho dos servidores isso poderá acarretar no acúmulo de processos, aumento da sonegação e falta de atendimento em serviços básicos, como saúde, educação, segurança e justiça.

Sobre isso, Sandra disse que “Ao reduzir a carga horária, aumenta a demora no serviço para a população. Em casos de violência doméstica, o tempo é fundamental, pode valer a própria vida”.

Para se ter uma ideia de como isso vai afetar diretamente a população, dados apontam que pelo menos 9 milhões de casos deixariam de ser solucionados no Poder Judiciário se a PEC 186 entrar em vigor já em 2021.

Além disso, os servidores falaram sobre demissão por baixa produtividade. Eles ressaltaram que  por meio do formato atual da reforma, pode se iniciar uma verdadeira perseguição aos servidores que não atenderem aos interesses pessoais de quem está no poder. As análises de desempenho, que ficariam para uma regulamentação posterior, deixam a reforma ainda mais obscura.

Movimento nacional

O Movimento a Serviço do Brasil é composto por 26 instituições com presença em todos os estados e no Distrito Federal e representa mais de 400 mil servidores das esferas Municipal, Estadual e Federal.

As instituições participantes têm vínculos, predominantemente, com carreiras administrativas do Judiciário e Executivo – servidores do Ministério Público, do Poder Judiciário e fiscais tributários estaduais.